TEMPOS DE PANDEMIA
Outra madrugada sombria
nas vezes do meu pensamento
sinto o gélido sopro do vento
que paira no coração da Maresia
Lá fora o silêncio faz sinfonia
amplificando os lampejos em minha mente
até um latido se fazer presente
quebrando traços de monotonia
As ruas vazias cumprem o decreto
pessoas se adequam a nova realidade
se resguardam para posteridade
esperando por um alvorecer, de certo
Nossa missão, por hora, também fôra suspensa
criando um "gap" entre produtor e assistência
não da forma que se queria
porém, estamos em tempos de pandemia
*Maresia seria o então nome do bairro em que morei na época deste escrito