Espera

Espera

As últimas luzes acendem a rua.

A noite silente encobre a imensidão...

No quarto, a janela, o reflexo da lua

No peito a amargura e a triste solidão!

Minha alma um navio sem onde aportar,

Perdida num canto entristeço a ilusão

Com olhos inchados de tanto chorar

Espera alongada fere o coração.

Sentindo a falta do abraço apertado

Sou ser que sozinho está desamparado

Infinda saudade trazendo arrepio.

Lembrando a canção que fala do vazio

É tanta lacuna que a dor me devora

Ao ver que a rua angustiada chora!

Márcia Aparecida Mancebo