Efemeridade

Corpo adoece,

Alma padece,

Tudo frágil demais.

Doença surge,

Insegurança aparece,

Brevidade é certeza

Que nos entristece.

Se chegamos para partir,

Por que viemos?

Se a vida tem um prazo de validade,

Por que esquecemos?

Por que passar por aqui

Depois simplesmente deixar de existir?

É preciso deixar um legado,

Algo para ser eternizado.

Estar vivo, não é viver.

Vida é movimento

É um constante

Ensinar e aprender.

Viver é a vida do outro tocar

É deixar saudade ao partir

Isso não está atrelado

A quanto tempo de vida

Permaneceu deste lado.

Há passageiros de tempo breve

Há outros que pelo tempo envelhecem

Há tambem quem com a velhice,

Até de si esquece

Há ainda aqueles

Cuja viagem é interrompida

E, neste plano, nem chegam a nascer.

Mesmo que fossem planejados,

Sonhos idealizados.

Mesmo que houvesse

Muito amor empregado.

Deixando um vazio,

Uma saudade que para sempre

Nos corações irá habitar.

Mari Velasco
Enviado por Mari Velasco em 18/08/2022
Reeditado em 18/08/2022
Código do texto: T7584847
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