Coração abrigo
Nem sempre é daquele jeito
Ou do jeito que se quis.
A vida vem, ela se apresenta
E a gente vai como ela quer.
Ontem, eu dormi chorando,
Hoje, eu já sorri...
Amanhã, nem sei quem será o meu almoço
Estou no osso, é assim,
A vida é boa, mas também ruim.
Que bom da gente ter se encontrado aqui...
Preciso de um ombro amigo
Ou de um colo pra dormir, sabe,
Alguém que me enxugue as lágrimas
Ou as impeça de cair.
Estou no osso, já levaram minha carne
Essa é minha outra metade
Que ninguém quer roer.
Estou aqui: eu e eu, e minhas mágoas
Porque a vida paga
Pra gente não desistir.
Vou até o fim desse poço,
Mesmo com tanto desespero
Eu espero um bom sinal!
Não sou o espírito do mal nem toda maldade do mundo,
No fundo eu sou somente mais um
Que se deu mal!
A paixão fez de mim prisioneiro,
Agora que fui descartado
Nem sei o que fazer.
É que a vida não deu aviso prévio,
Já fui despejado direto,
Sem direito a uma explicação....
Sabe, que bom ser escutado,
Já estou mais aliviado
Só de ter sentado aqui com você.
Vamos de aguardente e um pandeiro,
Não há dinheiro que pague esse favor!
O meu desamor é sofrimento,
Mas amizade é o maior prêmio
Que alguém possa ganhar.
A vida pode até tirar de nós,
Mas amigo de verdade não padece
Ele fica no nosso calcanhar para sempre
E está sempre atento
Nas horas de precisão...
Amigo é um coração
que não tem tempo de parar.
Vai, vida ingrata, desata essa agonia
Vai dizer a tristeza que passo bem,
Já encontrei alguém que sentou comigo,
Virou o copo, me deu abrigo.