De Feitiços e Megafones de Acordar...
Inda agarrada às cores do sonho,
a miudar belezas me proponho
Mas o comprador de ferro-velho*
desmancha tudo - em destrambelho
Ele... e sua voz de megafone
Voz de acordar...
E acerbar
Tão diferente do belo trinar
da aprisionada ave de canto livre,
varanda em frente,
que tenta seduzir meu despertar,
[antes que migre],
sempre a me por sob seu feitiço -
Esse, um lindo verbo de encantar!
Desculpe-me, Sr. Megafone
de Todas as Tranqueiras
de Não Mais Servem - Mas Servirão,
e, em bem-vinda solução, que cante mudo
Porque tudo o que quero agora é voltar,
ao meu vento... de sonhar
*
*O “comprador de ferro-velho” é um personagem real do cotidiano
carioca (provavelmente de outras cidades também) que, exceto aos domingos, passa todos os dias pelas ruas num pequeno caminhão anunciando que compra tudo o que for de metal, utilizando um megafone.
O cantar é o mesmo: “Compro cobre, compro chumbo, compro alumínio
e compro metal. Bateria velha, geladeira velha, fogão velho...
O moço está passando e está comprando...”.
Quando estamos dormindo, é um penoso despertar....
**
Interação sempre bem vinda do meu
amigo Escritor Fleal!
Obrigada, Fernando!
"Megafones e feitiços
A todos faz acordar
Só lamento que, por isso,
Alguém deixe de sonhar".
(Fleal)
***
Mestre Solano Brum, Obrigada pela Poesia linda!
"CASA VAZIA”
Volto de férias... Estive ausente;
Parece que passei mil anos fora!
A casa é um museu que apavora;
Não é a que vejo a minha frente!
Quem a viu, antes de eu sair,
Com belas fores desabrochando,
Espanta-se por vê-la quase a cair
Justo, sobre quem está voltando!
Casa velha... Não, igual a minha;
Por amor deixei com ela, e agora...
Eis o que vejo, qual assumbração!
Assim ficou minha "vidinha..."
Com aparência triste, por fora;
Por dentro, um sofrido coração!
(Solano Brum)
****
Inda agarrada às cores do sonho,
a miudar belezas me proponho
Mas o comprador de ferro-velho*
desmancha tudo - em destrambelho
Ele... e sua voz de megafone
Voz de acordar...
E acerbar
Tão diferente do belo trinar
da aprisionada ave de canto livre,
varanda em frente,
que tenta seduzir meu despertar,
[antes que migre],
sempre a me por sob seu feitiço -
Esse, um lindo verbo de encantar!
Desculpe-me, Sr. Megafone
de Todas as Tranqueiras
de Não Mais Servem - Mas Servirão,
e, em bem-vinda solução, que cante mudo
Porque tudo o que quero agora é voltar,
ao meu vento... de sonhar
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*O “comprador de ferro-velho” é um personagem real do cotidiano
carioca (provavelmente de outras cidades também) que, exceto aos domingos, passa todos os dias pelas ruas num pequeno caminhão anunciando que compra tudo o que for de metal, utilizando um megafone.
O cantar é o mesmo: “Compro cobre, compro chumbo, compro alumínio
e compro metal. Bateria velha, geladeira velha, fogão velho...
O moço está passando e está comprando...”.
Quando estamos dormindo, é um penoso despertar....
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Interação sempre bem vinda do meu
amigo Escritor Fleal!
Obrigada, Fernando!
"Megafones e feitiços
A todos faz acordar
Só lamento que, por isso,
Alguém deixe de sonhar".
(Fleal)
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Mestre Solano Brum, Obrigada pela Poesia linda!
"CASA VAZIA”
Volto de férias... Estive ausente;
Parece que passei mil anos fora!
A casa é um museu que apavora;
Não é a que vejo a minha frente!
Quem a viu, antes de eu sair,
Com belas fores desabrochando,
Espanta-se por vê-la quase a cair
Justo, sobre quem está voltando!
Casa velha... Não, igual a minha;
Por amor deixei com ela, e agora...
Eis o que vejo, qual assumbração!
Assim ficou minha "vidinha..."
Com aparência triste, por fora;
Por dentro, um sofrido coração!
(Solano Brum)
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Imagem: iStock-830089950 (Editada)