PEDRAS
Nas ruas, pés pisam passos passados,
pelo pão de cada dia, apressados.
As pedras, nada lembram nem reclamam!
Apenas ressoam os toques duros da vida,
nos insensíveis quadrados lapidados.
São sinais, cruzamentos e perigos na esquina;
História que fica, gente que pára, vidas que ficam.
Outro passo, vem e vai, as pedras duras da rua
nunca saberão quem seguiu e quem ficou.
Sem veias, sem coração, nunca vai saber!
Os pratos vazios postos sobre a mesa, estes sim,
olhos arregalados e bocas abertas, sabem dos passos,
com a pressa dos pensamentos da fome,