As mães que choram
Todos os dias a cenas se repetem
Os pobres jovens iludidos
Que não enxergam o futuro
E por uns trocados se tornam bandidos
Todos os dias as cenas se repetem
Vendem drogas nas esquinas
Sobem nas motos por vezes roubadas
E saem pelas ruas a impressionar as meninas
Garotas e garotos que são piões
No tabuleiro de xadrez das drogas
Enquanto em casa suas mães choram
Pedindo a Deus com suas prosas
Que protejam seus filhos queridos
Que caíram nas arapucas da vida
São mães que carregam a dor
E levam sua vida sofrida
Todos os dias uma chora
Na despedida se seu filho querido
Que no colo carregou pequenino
Se despede num caixão o menino adormecido
E de luta em luta
Todos os dias mães e pais
Buscam educar seus filhos
Para não vê-los nas drogas jamais.