É TEMPO DE SAUDADE
(brisas frias da aldeia)
O silencio do quarto.
Gotejar suplicante da chuva.
As paredes absorvem os pensamentos.
Coração pulsa sereno.
A noite bate à porta.
Uma saudade. Um alento.
Bem te vi gorjeando
Um sorriso escapa.
No telhado festa do cio.
Vida fecundando vida.
Animais na varanda.
.
Amanhece
Um beija flor plana.
Sorriso do louva deus.
Cumplicidade
No fim do mangueiral
O mar está sereno.
O milharal acena. Sorri ruivo.
As bananeiras suspiram agitadas.
O dia se despede
Fico parado.
Um menino assustado.
Um sorriso.
Vida voltando ao curso natural.
© Copyright: Ivon das Aldeias
[Rancho das Aldeias_03. Jul. 2010]