Nós artistas
Nós providos deste dom de transmitir
Do amor a dor, do choro ao riso
Dessa prosa usada para seduzir
Feito pulo de grilo, ou daquele bebê um sorriso
Temos em nossas mãos tal poder
De fazer a paz ressoar em meio a guerra
Apenas com o nosso dizer
Atravessar tempos e ecoar por eras
Encontramos calmaria no silêncio ou em um recital
Manipulamos sons para confortar nosso ouvinte
Feito chuva raza para dedicar este memorial
Com sutis versos que a continuação os consiste
E de criar nossa própria filosofia
Ou moradias além de nossa casa
Encontrar-se entre as estantes
E autografar as demais folhas com nossa tinta
Tocar aquele instrumento que pegou poeira
Tomar conta daquele espaço vazio
Tornando conforto de todo aquele espaço
E assumindo a identidade daquele herói
Seria essa a magia de bardo do RPG?
Encantar o público e fazê-los esquecer os males do mundo?
Somos nós geradores de paz apenas com uma caneta?
E eles falaram que isso era impossível…
Então eu sou um daqueles que desvenda a desverdade?
Reescreve todo o conto para que ainda tenha esperança?
Então são aqueles que com sua arte salvam o dia?
Então sim, eu sou um artista!