Minhas dores poucos percebem
Ainda estou escrevendo
Dias após dias
Noites após noites
Meus versos e poesias
Vendavais surgem
Tempestades se levantam
E eu sigo escrevendo
Enquanto alguns meus versos cantam
Não importa o problema
Busco me esconder e fingir
Esconder por trás da letras
E assim posso disfarçadamente sorrir
Não importa as lágrimas
Nem tão pouco minhas dores
E olha que as sinto todos os dias
Busco levar sorriso os que cercam meus arredores
Minhas dores poucos percebem
Elas não são para serem visíveis
Para aqueles que eu faço sorrir
São lágrimas invisíveis
As vezes sentado no banco da praça
Ninguém sabe porque ali estou
Não percebem que por causa da dor
É que ali este artista sentou
As vezes vontade de ir embora
Mas o dever não me permite sair
Então sigo esperando a dor passar
E a outros volto a fazer sorrir
E assim vai sendo meu dia-a-dia
Até que venha o entardecer
E para casa eu possa voltar
Para descansar no anoitecer