Zé Ninguém
Sou o tal Zé Ninguém
Alguém seu eira e nem beira
Como a maioria de gente brasileira
Que é pacífica e ordeira
Sou um Zé Qualquer mas tenho amor próprio
Nunca, seu doutor, duvide do meu Véio
Tenho as mãos calejadas
De tanto construir a riqueza
De elite e da nobreza
As quais de mâos essas
Só me causam tristeza e pobreza
Até pão falta na minha mesa
Mas um dia, seu doutor
A paciência do Zé Ninguém vai findar
Pense num grande vendaval
Gerando um grande Carnaval
Fazendo vocé sentir medo e horror
Vendo o povo dançar e cantar
Vai ser uma Festa de Arromba, pode crer
Se prepare, cara, para correr
Chorar, tremer e amargar
Vendo o povo alegre a cantar
Exigindo justiça e punição
Levando o perseguidor ao caminho da perdição.
Letra de marcha-rancho. Inté.