Ego

Tal como Kafka

E seu artista da fome

Você fabrica

Uma aura insone

Usa de seu momento infame

Para conseguir

Alguém que se encante

Pelo seu comportamento

De infante

Matraca

Que abarca

Palavra

De monarca

Rei da mata

Governante

Do nada

Percepção

Nada sensata

Tão raso e tão opaco

Quanto nata

Prece negativa

Praga ativa

Tristeza viva

Da esperança, faz comida

As trevas, abriga em tripa

Com desespero, faz ripa

Faz tua casa, teu abrigo

E com quem tenta com a cura

Lhe presentear

Você briga

Quer me comprar

Com esmola mequetrefe

Fico ofendido

igual vitima de tabefe

Barganha é para pessoas fracas

Medrosas

E sem a valentia para fincarem

Seus pés no chão

E serem adultas

Não adiante chorar

Sobre ingratidão

Se o seu apoio nunca foi

Requisitado

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 04/06/2022
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