O tal fardo

Talvez a meia noite eu tenha um infarto

Ou descubra que um bom alaúde não faz um bom bardo

Em meio a plateia e aplausos fico grato

Pois dá forças para carregar o meu bendito fardo

Pois que essa oração o torne eterno

Que essas dores sejam levadas pelo vento

O mundo que todo aplauda esse prazer moderno

Ou rogue suas pragas pelo seu contentamento

Julgaram todos aqueles que saíram da caverna

Mas quando apagaram seu fogo tiveram o prazer em levantar

Hipócritas que nos tratam feito pecado

Foram eles o culpado desse instrumento quebrado

Seria esse o conto do vigário?

Aquele mesmo fervor que julgaria um bardo?

Quem foi aquele que contou sobre o mundo imaginário?

Foi aquele que superou o medo de sair do condado

Cantai para os homens

Encantai as mulheres

Enrolai os burgueses

Encorajai os guerreiros

Traga-me uma nova lira

Pois essa é minha partida

Carregarei todas as dores

E também os seus temores

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 24/05/2022
Código do texto: T7523028
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