Violenta fria violência
Mais uma noite entre os sonhos da vida
Ouço a insana gritaria que produz medo
É uma força e uma louca fúria diabólica!
Numa inconsequente tão estúpida raiva
O estado terminal do pulso sem pulsar...
Esse sangue é derramado com vil prazer
Num simples desejo de matar com fúria
O mundo oculto do cruel perverso olhar
Varam a noite adentro em tal desespero
Num cambalear ele só tenta levantar-se
Na desarmonia do corpo o suor na face
Numa violenta fria violência desumana
A triste dor do sofrimento irreversível!
Assim eles fazem a sua dança macabra
Dos homens iníquos que vivem sem luz
E outrora vinham e ainda vêm com fúria
De toda sua maldade de insânia loucura
Em noites de perdições trágicas de dor
No medo real e alucinado transe do ser
Na áurea mórbida e fúnebre da morte.
TEXTO DO LIVRO:
ABSTRAÇÃO POÉTICA. 2017.