Violenta fria violência

Mais uma noite entre os sonhos da vida

Ouço a insana gritaria que produz medo

É uma força e uma louca fúria diabólica!

Numa inconsequente tão estúpida raiva

O estado terminal do pulso sem pulsar...

Esse sangue é derramado com vil prazer

Num simples desejo de matar com fúria

O mundo oculto do cruel perverso olhar

Varam a noite adentro em tal desespero

Num cambalear ele só tenta levantar-se

Na desarmonia do corpo o suor na face

Numa violenta fria violência desumana

A triste dor do sofrimento irreversível!

Assim eles fazem a sua dança macabra

Dos homens iníquos que vivem sem luz

E outrora vinham e ainda vêm com fúria

De toda sua maldade de insânia loucura

Em noites de perdições trágicas de dor

No medo real e alucinado transe do ser

Na áurea mórbida e fúnebre da morte.

TEXTO DO LIVRO:

ABSTRAÇÃO POÉTICA. 2017.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 07/05/2022
Código do texto: T7511086
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