Mas era tudo
era isso e mais nada
Era a batida do coração
numa porta fechada
Mas ninguém atendeu
tal foi o silencio que no
banco da praça ele viveu
nenhum gesto de abrir,
tinha fechadura,
com chave trancada.
Depois do silêncio
Se ouvia um gemido
que se misturava
com a fome daquele
corpo esquecido.
Aos olhares dos curiosos
que achavam bacana
em apreciar aquela cena
sem mostrar piedade
sobre aquele corpo
que implorava a misericórdia
e se vestia da miséria profunda.
Do projeto da vida
na procura do amparo
se escuta se um som
que dera de uma recusa
Como viver no mundo
alimentando a esperança
quando a vida não alcança.
O que resta é só morrer,
no banco da desesperança,
esquecido da vida,
no sofrimento profundo.