Mas era tudo

era isso e mais nada

Era a batida do coração

numa porta fechada

 

Mas ninguém atendeu

tal foi o silencio que no

banco da praça ele viveu

 

nenhum gesto de abrir,

tinha fechadura,

com chave trancada.

 

Depois do silêncio

Se ouvia um gemido

que se misturava

com a fome daquele

corpo esquecido.

 

Aos olhares dos curiosos

que achavam bacana

em apreciar aquela cena

sem mostrar piedade

sobre aquele corpo

que implorava a misericórdia

e se vestia da miséria profunda.

 

Do projeto da vida

na procura do amparo

se escuta se um som

que dera de uma recusa

 

Como viver no mundo

alimentando a esperança

quando a vida não alcança.

O que resta é só morrer,

no banco da desesperança,

esquecido da vida, 

no sofrimento profundo.

 

 

Hilton Rubens
Enviado por Hilton Rubens em 06/05/2022
Reeditado em 12/05/2022
Código do texto: T7510693
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