Palco trágico da vida
Essa sonoridade explosiva é intensa
Quando jorra esse sangue humano!
Nesse palco trágico dessa cruel vida
Perante todos cambaleias e tombas
E não há nenhum vestígio de prazer
A lâmina corta e o chumbo penetra
Nas vísceras úmidas da dor latente
O teu primal clamor é desesperador
No último instante ofegante por ar
Na força visceral que luta pra viver
Almejando esse último ávido desejo
Num instante similarmente eternal
O coração deixa de pulsar no peito
E essa vida desse pálido ser se esvai
A mente já não vê o real da realidade
Agora tudo é similar como imaginação
E um filme passa pela a tua consciência
E foge à tua coragem e se torna ausente
E tu busca incessantemente sobreviver
E já é tarde demais e o pior já aconteceu
Esse espírito da morte veio te encontrar
Tu tornar-se incrédulo em crer no óbvio
Querendo viver de novo a tua vida aqui
Esse desespero é assustador e terrível
Tu gritas ao vê o teu corpo na rua e só!
E percebe que já perdestes a tua vida
Ao encontrar a tua face tão perplexa!
O conflito do fim da existência acabou
E assim tu assistes o teu próprio funeral
E as lágrimas caem copiosa de tua face...
E os teus amigos e inimigos contemplam
A dor sentida e fingida por sua vil morte
É o fim inevitável para todos que vivem
Não existe sono profundo ou descanso
Tudo é vida, a vida é vida que se segue.
TEXTO DO LIVRO:
ABSTRAÇÃO POÉTICA. 2017.