O último cálice de Dionísio

Este bardo não vai pôr a culpa no vinho

Exaltará sua musa sóbrio e com fervura

Pois esse deveria ser o meu eu lírico

Um homem que suporta tudo com bravura

Perdoe-me pai, pois não irei brindar junto a ti

Pois ainda sou aquele garoto sofrido

Não quero sujar nenhum sangue com meu elixir

Eu não suporto mais ver aqueles olhares de cão arrependido

Eu me levei ao domínio de cronos

E ele me devorou e me trancou até o momento

Eu queria sim conquistar Gaia e fazer mais que outros

Talvez seja essa ganância de abrir aquela caixa, Pandora guarde meu pensamento.

Zeus novamente traiu minha confiança

Nesse tanto rancor que me resta e fez de mim humano

Talvez o cúpido seja apenas uma criança

Mas essa dor ecoará por todo reino mundano

Afrodite, você sabe o quanto sofri

Apolo também sempre esteve ao meu lado

Mas feito hermes eu apenas corri

Pois tinha raiva para me sucumbir ao pecado

Era veneno em meu verso?

Cálice, humano você não sabe o que diz

Então leve-me a justiça do congresso

E provarei que o certo eu sempre quis

Esses versos são livres para dizer o que puderem

Encantem todas as mulheres

E exile minhas tristezas para onde quiserem

Pois desse vinho beberei o quanto puderes

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 29/04/2022
Reeditado em 31/08/2022
Código do texto: T7505875
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.