O monte olimpo
Eis aqui o auge de todo o vale
Meu som não alcança mais seus nobres tímpanos
E já nem sequer sei o quanto desse ouro em meu bolso vale
Pois estou diante do topo de todos os reinos
Era essa solidão que eu procurava?
Eu jamais precisei daquela má companhia
Então era esse o vento de glória que me faltava?
O de aceitar que a perda é sim daqueles que me diminuía
Eram tempos escuros
Os ventos uivantes faziam frios
Eram dias sombrios
Pois todo dia haviam inúmeros perigos
Então é esse o ponto que o fio de meu instrumento rompe
Pois a tensão ele jamais suportaria
Essa ferida gélida em meus dedos ainda consome
Pois essa dor nem eu imaginei que aguentaria
Eu descobri a tolice de ter medo da morte
Ou o quão ambicioso era a vida eterna
Então eu rompi aquele fio divino com um corte
E esse foi o apagar de minha chama eterna