Impressões do cotidiano em terceiras pessoas
No meio rua, no meio do dia, cores no semáforo no meio da vida, farmácias e
buzinas, ruas sem nome se encontram nas mesmas esquinas.
Hora do almoço! No rádio Belchior dá a pista.
Reversa psicodelia! branco e preto dançam sob a luz do sol, pintando imagens
ao farol...
E na paisagem acinzentada olhos daltônicos procuram cores no
retrovisor e nada.
E quando virá a próxima chuva fina?
Esperança: a morfina diária das dormentes almas.
Na volta para casa poesias pálidas agora temperam o arroz e o feijão.