Dia de faxina
Rara manhã silenciosa, enquanto o chá esfria,
Gotículas de chuva embaçam a janela...
Ponteiros parados...
Súbita e repentina introspecção toma conta de mim.
Nesta roda da vida, quase nunca há tempo
De curar feridas que vivem abertas,
Viver é tomar bebida quente às pressas,
Antes de estar com sede.
Memórias empoeiradas se espalham pelo chão ao som
De velhas canções, tatuagens desbotadas de momentos que ficaram lá para
sempre, pelos cantos, pelos tempos.