"O jovem poeta"
Este poeta já não é mais tão jovem
Hoje já tenho cuidado ao cortar a barba
Os sonhos dele na cama ainda dormem
E seus versos são pensados com mais calma
Quem diria que dedicaria toda a prosa em um currículo
Ou me depressionária com a falta de emprego
Este poeta vira faz tudo em meio aos corres desse versículo
Sirvo, conserto, escrevo, clico, animo, ensino e ainda me entrego
Malditos dias trevosos de minha juventude
Sou aquele garoto que hoje almeja chegar em todos os cantos
Aquele que hoje sonha com o conto de uma grande liberdade
E digo mais sobre este bardo que na escrita manteve o encanto
Com seus cabelos dourados e as mãos divinas
Meu eu lírico recheado de orgulho e refinado feito vinho
E já se faz quase uma década nessas linhas
Ainda vejo as pegadas daquele menino
Com aquele ar denso através daquelas máscaras...
Amadureci feito fluido de dioniso nesse barril de conserva
E perdi a noção que atravessou por dessas eras
Mantendo-me distinto nesse banco de reserva
O mundo também forçou-me a cair
E ele vai bater cada vez mais mais forte
Para saber o quanto você pode aguentar ou fugir
E as pancadas são cada vez mais potente