Borboleta
Borboleta que aflita no meio some
Com suas asas a brilhar o bicho homem
O seu dom tem a cor do arco-íris,
E na íris tenho a dor que me consome
De preto vi seu corpo luzindo
E a beleza já caindo ao chão de cinzas
Como as cinzas que me aplaudem agora dentro
Do frasco que a mim já contraíra
Uma febre que me voa qual traíra
Nesse rio a correr as águas turvas
Numa curva de quem, borboleta
Quente e frio como a chuva
Inundou minhas asas
Arrastando o que a cinza me bole por dentro
E preso a céu aberto
É tudo o que certo me parece centro