VENDEDORES AMBULANTES
Vão-se pelas ruas, como párias, sem chão
A fronte suada, o calor escaldante,
O sorriso no rosto, a luta incessante,
Por ganhar o pão.
A esperança inventada, a fé sem razão
A vida é difícil, a sorte é infensa
O mundo é cruel, a desdita é intensa
As mãos estendidas, recebendo nãos
Aqueles que são pobres
Sem chance ou refrão
Aqueles que são pobres
E sempre o serão.
Uma sina inglória, um destino penoso
Não deve ser fácil, a esses atores
Viver dos humores
Dum deus caprichoso!
Leonardo Alvim
14/04/22