VENDEDORES AMBULANTES

Vão-se pelas ruas, como párias, sem chão

A fronte suada, o calor escaldante,

O sorriso no rosto, a luta incessante,

Por ganhar o pão.

A esperança inventada,  a fé sem razão

A vida é difícil, a sorte é infensa

O mundo é cruel, a desdita é intensa

As mãos estendidas, recebendo nãos

Aqueles que são pobres

Sem chance ou refrão

Aqueles que são pobres

E sempre o serão.

Uma sina inglória, um destino penoso

Não deve ser fácil, a esses atores

Viver dos humores

Dum deus caprichoso!

Leonardo Alvim

14/04/22

Leonardo Alvim Corrêa
Enviado por Leonardo Alvim Corrêa em 15/04/2022
Reeditado em 17/04/2022
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