Sobreviver aos caos
Eis minha frágil solidão poética
De pensamentos que se perdem
Entre as esquinas de ruas vazias
Na nítida sensação de isolamento
Nas luzes de minhas tais sombras
Nas ruas de minhas frias angústias
Só sobraram os escombros da dor
Vejo a cidade , vejo vidas perdidas.
Vejo pessoas passarem a vida assim
No cruel destino da morte que chega
No inevitável fim dessa vida sem fim...
As vezes tudo é tão cinza e sem sentido
Numa realidade nua e crua e estúpida
Eu sei preciso acreditar num tal futuro
Esquecendo as minhas dores e flutuar
No mar de lamas e sobreviver aos caos
Libertando toda fúria contida em mim
Por isso eu preciso sonhar e amar você
Para sentir-me livre e olhar para o céu
E fixar o meu olhar no lindo pôr do sol
Tu és uma mulher determinada em si...
Uma infinita alquimia de meus desejos
Na profunda insônia dessa longa espera
Apesar de eu estar cansado por esperar
Tento reviver e reacende-la essa chama
De uma luz interior de minha esperança
De sonhar, de meu ser, de lutar e viver.
TEXTO DO LIVRO:
SOLIDÃO POÉTICA. 2 EDIÇÃO/ 2019.