Sobreviver aos caos

Eis minha frágil solidão poética

De pensamentos que se perdem

Entre as esquinas de ruas vazias

Na nítida sensação de isolamento

Nas luzes de minhas tais sombras

Nas ruas de minhas frias angústias

Só sobraram os escombros da dor

Vejo a cidade , vejo vidas perdidas.

Vejo pessoas passarem a vida assim

No cruel destino da morte que chega

No inevitável fim dessa vida sem fim...

As vezes tudo é tão cinza e sem sentido

Numa realidade nua e crua e estúpida

Eu sei preciso acreditar num tal futuro

Esquecendo as minhas dores e flutuar

No mar de lamas e sobreviver aos caos

Libertando toda fúria contida em mim

Por isso eu preciso sonhar e amar você

Para sentir-me livre e olhar para o céu

E fixar o meu olhar no lindo pôr do sol

Tu és uma mulher determinada em si...

Uma infinita alquimia de meus desejos

Na profunda insônia dessa longa espera

Apesar de eu estar cansado por esperar

Tento reviver e reacende-la essa chama

De uma luz interior de minha esperança

De sonhar, de meu ser, de lutar e viver.

TEXTO DO LIVRO:

SOLIDÃO POÉTICA. 2 EDIÇÃO/ 2019.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 08/04/2022
Reeditado em 08/04/2022
Código do texto: T7490607
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