Rua onde moro

Rua onde moro

Na rua onde moro um piano a tocar;

É uma senhora que conheço bem

Era inda mocinha pronta para amar

A morte levou seu amor para o além.

E deste esse dia num lírico entoar

Espera que o vento leve ao seu amado

Mensagem que está disposta a esperar

Momento que possa ficar a seu lado.

Curioso é que ela não quis mais amar;

Chamego a ela é coisa insignificante

Isolada num canto se propõe a ficar

E quando a tardinha perde seu brilhante

Nas teclas do piano desliza a dor.

A dor é tão grande e a saudade doída

Que a ela tem som e destoa no ouvido.

Na música encontra consolo pra vida

Que após tantos anos, lembra o tempo ido.

Tocando piano mantém - se viva

A lembrar o amor que à mente cultiva!

Márcia A Mancebo

26/03/2022