Doce de Buriti

Por Nemilson Vieira de Morais (*)

— Doceiro, cadê o doce que te pedi?

— Que doce é esse freguês?

— Desculpe-me, juro que não ouvi!

— Se este adoçar a palavra, a vida…

Prometo que já lhe dou.

Doce assim que nem esse nunca faltou.

É o doce que muito amo, igual nunca vi.

Embora bom também, meu doce de preferência não é de manga, caju, mangaba… é o doce de buriti.

Doceiro?

Ainda guardo fresquinho na lembrança o sabor, desse doce caseiro.

Desde pequeno, era o doce que mais queria; meus irmãos, quem menos o comia.

Ao comer...

se tivesse alguém desehoso a querer, por certo não ganharia.

Tenho saudade daqueles dias… de doce viver primaveril, que tínhamos.

… Em que, os doces de buritis, que saboreávamos,

de tão gostosos que eram, até os dedos, lambíamos.

*Nemilson Vieira de Moraes

Acadêmico Literário

Nemilson Vieira de Morais
Enviado por Nemilson Vieira de Morais em 18/03/2022
Reeditado em 18/03/2022
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