NEM MALANDRO NEM MANÉ

O face sempre me pergunta

No que estou pensando

Olha se tudo que se pensa a gente junta

Mais louco se acaba ficando.

Quanto mais pensamentos se tece

Mais a gente se entristece

Tamanhas as bordoadas que levamos.

De onde menos se espera,

É que vêm as cacetadas

Que nos jogam por terra

Mas não dá nada.

Depois de levar a rasteira

A gente bate a poeira

E as vezes até da risadas.

Só que não é um sorriso

Estrondoso,mas frustrado

São as vezes de alívio

Porque naquele dia malfadado

A gente enfim conhece

Quem nossa confiança merece

E quem se deve deixar de lado.

Pode parecer triste

Mas garanto que não é

Pois lá na frente se assiste

O tombo deste de pé,

E as vezes até estende se a mão

Sem se importar quem tem razão

Não sou malandro

e tão pouco mané.

Ladislau Floriano