Anatomia de uma poesia

Vejo o que meus olhos

Não veem ...

Antevejo o silêncio

da Paixão.

M_I_R_A_G_E_M

Nos momentos da solidão.

Sinto seu corpo

Pelo meu perfume

Surpreendo-me

Degustando você

Na sua imaginação.

Inspiro-me no mar...

Perco quando à procuro,

Não me acho mais em mim.

Na imperfeição dos pensamentos.

Quando aprecio vinho

Encontro-me no seu olhar.

Já não tenho identidade

O silêncio me evita pensar

Miragem é o ontem,

Estou presa no amanhã.

sinto meu corpo

Nas tuas recordações

Impossível é amar

Na desorganização

De quem está dentro

De uma onda do mar

Sendo levado pra areia.

Não quero o amanhã

Pois já não tenho o hoje

A única coisa que tenho

É a minha ausência de mim mesma.

A lua na imensidão do céu

Aparenta está sozinha.

Nada é por acaso

O acaso pode ser nada

O nada pode ser tudo

Menos uma poesia,

Contudo pode ser um pensamento

Uma inspiração...

A única certeza que tenho

Nesse devaneio da poesia

É a de que meu coração pulsa

E que há vida nele

Destino ...?

Só acredito nos que eu faço.

Já que pra acreditar nos outros

Eu tenho primeiro que acreditar em mim.

Jujulia Guedes

Jujulia
Enviado por Jujulia em 23/02/2022
Reeditado em 23/02/2022
Código do texto: T7459043
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