Versos rasgados pelo ego
Apesar da alcunha pendente
O poeta da vizinhança, ausente
Com um contentamento descontente
Pensando sempre além do presente
Tragam-me minha melhor caneta
E uma folha feita pela melhor matéria-prima
Para dizer que estou em casa após puxar a maçaneta
Pois farei a arte mais pura de apolo
São todos simples e modestos
Com um olhar inocente discreto
E um coração um tanto honesto
São esses dias que pego os momentos
Há inspirações o suficiente em minhas histórias
E elas hoje me fizeram bardo
E venham todos aqueles que me apagaram
Pois hoje trago a fênix que se escondeu naquelas cinzas
Estou cansado de despedidas
Não quero partir de suas vidas
Ou abusar de musas despidas
Quero apenas abraçar a causa e assumir as dividas
Não sou o épico divino deste homem de barro
Mas sou o simples filho de um pastor de ovelhas
Farei o verso em homenagem às mulheres
Que tanto acolheram este ferido coração que pulsa em meu peito
Vejo rosas no lixo, eram de um poeta apaixonado
Um amor vitorioso que sinto saudades
Pois vejo que poetas não podem amar...