Café e coxinha
Pela janela do ônibus
vi outro dia um senhor,
pleno, olhando para o nada,
segurando com a mão cansada
seu café exalando vapor.
Em sua outra mão enrugada:
uma bela coxinha de frango!
Que ele comia com gosto,
de pé, general em seu posto,
e com a carequinha brilhando.
Pensei: quero ser esse velho!
- Só que não tão careca assim -
Escolher um lugar bem a toa,
devorar uma coxinha bem boa,
com um jovem se inspirando em mim.