POEMA DO COTIDIANO
São exatamente quatorze horas,
anuncia o relógio da igreja.
Eu lendo poemas olhando da janela que dá para a montanha,
ouvindo burburinho de pássaros,
o mais lindo dos poemas!!
Um vizinho balbucia o seu vazio existencial,
duas senhoras conversam,
talvez falando de suas dores cotidianas,
tudo transcorre dentro da normalidade,
um vira-lata late,
um carro passa, o ronco do seu motor,
é estupro para os meus ouvidos
Ah!, quem me dera o puro silêncio,
em vão,
alguém prefere o barulho,
da sua máquina de lavar o seu automóv