Cotidiano, Clarice e os números.

Levantei e deixei o sono escorrer pelo corpo

Ana tinha olhos pequeninos feito versos curtos

Café- uma neblina lá fora indiferente,

Relógio: 6:23.

Pus me a ler o jornal

A mesa posta

O aroma da manhã

O gosto do pão misturado com vida

- Bom dia, dormi demais?

Não, ainda é cedo.

Café, barulhos, bocas, mastigandoooo....

Clarice tirou nota baixa em matemática

Eu sei: Eu também tirava na idade dela

Arthur não seja tolo, você precisa falar com ela

Eu sei, vou falar...

Filha:

Paiii- só mais cinco minutinhoss

Vamos? A van não se demora

Só mais dois minutinhos prometo.

O seu problema é que você mima ela demais

Eu sei: na idade dela eu também era mimado

Arthur não seja tolo, você precisa dá um jeito nessa menina

Eu sei...

Filha:

- Pai, último minuto...

Vamos? Eu te levo de carro

Tá bem, tá bem, tá bem

O olhos de Clarice não são exatos

Assim, ela não será boas nas contas

Afinal: para que servem os números?

Tentei fazer versos perfeitos na forma

Eram de uma geometria euclidiana tola.

Pai amarra meu cabelo?

Menina, vai logo para escola!

Já vou mamãe...

Vamos, Filha.

O sol daquela manhã de segunda também não era exato

Era carregado de absurdos, esperanças, versejar...

Papai? Sim, filha.

Depois que a gente é feliz, o que vem depois?

Não sei, nem Bhaskara nos daria uma equação para resolver esse problema

Motor, carro, aceleração e o carro partiu em movimento retilíneo unifor,,,?

Ah, como odiava física também...

Arthur Guimarães
Enviado por Arthur Guimarães em 14/01/2022
Reeditado em 21/01/2022
Código do texto: T7429564
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