FORÇAS DO INCERTO
Mais um ano e cá estou eu
Novamente pensativo ao extremo
Sobre o que escrever, a quem escrever
Ou sobre quais coisas criar,
Diante das intensas divagações
Humanamente cravadas em meu peito;
Tão nu quanto o luar a me acariciar
Friamente em noites de chuva.
Seja o que for e para quem for,
Saberei intuir enlaces eternos
Entre o despautério poético rotulado
Pela imperfeita colaboração do amor:
Amor incondicional pela escrita,
Que de braços abertos me recebeu,
Ainda que descomunal, a ponto de quebrar
Todos os meus ossos de poeta.