Espaço condensado

Há uma nuvem negra –

Atinge em cheio,

O meu espaço.

Corro milhas,

Não há trilhas –

Aperto os passos.

Tudo condensado,

Cada milímetro –

Descompensado.

Estrada estreita,

Ao longe a porta –

O olhar desbota.

Quanto mais caminho,

Fica distante –

Nada como antes.

A cada segundo,

Sigo à risca –

Quem não petisca?

No livre arbítrio,

Em martírio –

O perjúrio.

Em nuances –

Jogando os dados,

Em cada lance.

Cartas marcadas -

A vida é longa,

Também a estrada.

Cinzenta fumaça -

Completas delongas,

Nem tudo é de graça.

Enredando-nos –

O capitalismo,

Muitos devaneios.

Individualismos,

Tão imperfeitos –

E abstratos.

Será a mudança,

Sem esperança –

De conceitos?

No salve-se –

Quem puder,

Nenhum prazer.

Sem estigma,

Procuro a rezadeira –

Para me benzer.

A realidade -

Das galáxias,

São inverdades.

Aqui na Terra -

É pura utopia,

Na heresia.

Ofusca a visão,

O ser humano –

Em rota de colisão.

Estupefatos –

Mergulhados na hipocrisia,

À todo custo.

Busca pelo respeito,

Orgulho ferido –

Dentro do peito.

Tenta a paz interior,

Da espiritualidade –

A expansão.

***

Blog Poesia translúcida

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Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 07/12/2021
Reeditado em 08/12/2021
Código do texto: T7401864
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