Espaço condensado
Há uma nuvem negra –
Atinge em cheio,
O meu espaço.
Corro milhas,
Não há trilhas –
Aperto os passos.
Tudo condensado,
Cada milímetro –
Descompensado.
Estrada estreita,
Ao longe a porta –
O olhar desbota.
Quanto mais caminho,
Fica distante –
Nada como antes.
A cada segundo,
Sigo à risca –
Quem não petisca?
No livre arbítrio,
Em martírio –
O perjúrio.
Em nuances –
Jogando os dados,
Em cada lance.
Cartas marcadas -
A vida é longa,
Também a estrada.
Cinzenta fumaça -
Completas delongas,
Nem tudo é de graça.
Enredando-nos –
O capitalismo,
Muitos devaneios.
Individualismos,
Tão imperfeitos –
E abstratos.
Será a mudança,
Sem esperança –
De conceitos?
No salve-se –
Quem puder,
Nenhum prazer.
Sem estigma,
Procuro a rezadeira –
Para me benzer.
A realidade -
Das galáxias,
São inverdades.
Aqui na Terra -
É pura utopia,
Na heresia.
Ofusca a visão,
O ser humano –
Em rota de colisão.
Estupefatos –
Mergulhados na hipocrisia,
À todo custo.
Busca pelo respeito,
Orgulho ferido –
Dentro do peito.
Tenta a paz interior,
Da espiritualidade –
A expansão.
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Blog Poesia translúcida
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