NOSSO COMUM.
A rua e sua arte.
A arte e sua artista.
A artista e sua platéia...
Aquele imerso casal...
Que tomava pra si...
A letra e melodia...
Com a calçada úmida...
Debaixo dos seus pés...
Molhada em garoa...
Que fazia poças...
Que refletiam luz...
Dos prédios e dos carros...
E uma melhor imagem de si.
E no ritmo lento da letra...
Como a suavidade do som...
Um elogio melódico e sincero...
De uma voz rasgada em bourbon...
"Tocante... Muito bonito".
Um trocado lançado na caixa...
O cachê do show produzido.
Na despedida do casal um pedido...
"Continue a se decepcionar...
Pra cantar ainda bonito".