Pauliceia des lavada
A paulicéia não tinha nada pra fazer à noite,
E vagou na imundície da madrugada!
Pegou na pele da mulher amada
E beirou à catástrofe:
Nada parecia com nada!
Sob tez amarela e figura dominical
Comeu seu temor com sal,
E farinhou o doce à marinada
Na salmoura lavada!
Feriu os olhos ver a vida dando asa pro mágico do pó,
Fervendo tudo no pó da solidão, dos prédios construídos ao bom gosto dos vendedores de corpos musculosos!