Sem evidências, sem provas...
Um beijo diferenciado,
Todavia roubado
Verdade que foi um beijo
Sem língua...
Mas, que marcou na memória,
A afinidade dos lábios.
Duas pessoas comprometidas
Que o acaso aproximou
Num encontro não arquitetado,
Apesar do incomodo causado
Teve inquietação, delírio...
A-P-R-O-X-I-M-A-Ç-Ã-O.
Um simples beijo...
Que não fora nada simples
Pois, nos dois gerou novos desejos...
De experimentar outro beijo
Em ter troca de contatos...
O local conspirou por não ser
Um espaço em que conhecidos, amigos e companheiros,
Andem, frequentem ou vivenciem.
A testemunharem esses “deslizes”
O mar, suas ondas e...
Às pegadas na areia da praia
Que registrou os passos e
A aproximação dos dois
Que formaram por instantes um casal.
É certo dizer que não houve
Um segundo beijo,
Todavia é correto afirmar
Que o abraço continuou
Que podia ser constatado
Pelas pegadas fortes deixadas na areia...
Mas, o plano do acaso foi tão perfeito
Que não deixou rastros ou provas
Já que a maré estava subindo
E antes de se despedirem
As evidências do beijo e do encontro
Tinham se afogado no mar.
Juliaguedes2021@yahoo.com