NEGAÇÃO
NEGAÇÃO
Paulo Gondim
Sei que pede socorro
Em gritos silenciosos e aflitos
Na luta contra seus conflitos
De querer amar
Sei do forçado claustro
Do choro contido
Do peito doído
Do desejo reprimido
E se esconde numa crença vã
Que já não lhe diz tanto
E se faz em pranto
De tanta incerteza
E segue pela vida
Nessa guerra perdida
De negar o óbvio
E, assim, desiludida,
Se faz cega da verdade
Nega a realidade
Não sente e nem enxerga
O quanto é querida.