Dia das crianças
Os pássaros voltaram, voam como plumas
Jogadas ao acaso.
O sol, após a chuva de verão,
Aparece com medo de secar as poças
D’água feitas pelas chuvas e que
Lhe servem de espelhos.
A imensidão dos raios de luz,
Refletida n’água, brilha dentro dos
Meus olhos que fotografam a beleza das brincadeiras das crianças.
Ao calor do sol, ao reflexo de cores
Das poças d’água que surgem diante
De mim? Sinto-me de novo criança:
E faço represas, jogo pedras ao leu,
Corro atrás dos pássaros, amo o contato
Do vento no meu corpo.
Sinto-me de novo criança, ao mesmo
Tempo que já não me vejo. Vejo, sim,
A minha filha, que em um momento de amor,
Reflete, sobre a sua pequena estatura,
Toda a alegria de um dia de sol.