O prazer da alma
O prazer sentido
Pele e ouvido
Vorazes olhares
Estendidos
Em forma de voz
Entra no peito
Apalpa os medos
Deita-se
Se deixa levar
Nos vãos dos dedos
Respinga os nós
E adormece por inteiro
Envolto ao silêncio
A mente transpira
Paladar
Oh, doce magia
Invade por dentro
Equilíbrio no centro
Ruas abertas
Pra andar
Livre pensamento
Voa no assopro
do vento
Devagar
Caminha por si
E em si
Atravessa
Avesso
Às cismas
Dos sabores
E dissabores
E não volta
Ao emerso mundo
Agonizante
Submerso
Sente
O tato da calma
A própria consciência
O prazer da alma.