Cotidiano
A silente noite
entrecortada por
um seco estampido,
ouviu dois... ouviu três,
previu quatro... e não veio.
A morte mirando a vida, num aí.
A morte levando a vida, que se vai.
No ecoo também um acoo a dissipar
o som na imensidão, como dissipa a
vida de mais um corpo, estirado pelo
chão.
Passos fugidios evadem da cena.
Tão poderosos, fogem de cena.
Passos e tão mais passos
fechando espaços, num
circular de incrédulos
olhares, desejando
nem olhar; eis o
soluçar, dum
alguém por
alguém
que já
não
há.