EU PESCA DOR DE MIM

EU PESCA DOR DE MIM

Há algo de que eu não participei

Mas me surgi cabeçudo estimulado

Aquele ato sem sensatez nem contato

Comigo me deu origem no grito

Teria sido berro, uivo ou vagido

Quando minha fronte da dimensão

Amniótica do mundo da água saltou

Para a fonte do mundo dos vícios

Eu teria de me assimilar, de me

Pescar nas águas turvas da cama

No berço da criança, eu não sabia

Dizer algo sobre mim. Comigo,

Quem me traduziria um ser aflito

A agitar bracinhos acanhados no rito

De sobreviver no choro do mundo

Quantos semelhantes a mim

Teriam nascido naquele dia, dia de sol???

De chuva, de nostalgia, de protestos

Enfrentamentos, ardis, atritos???

Eu, brinquedo quedo no universo

Retido, intranquilo, no globo astucioso

Dos interesses vegetativos!!! Anjo

Torto poetizado por Drummond

Um chato de um querubim no dizer

Xucro do Chico, estava eu próximo

De mim??? Fui escalado por quem

Para ser de todo bom, ruim??? De inocência

Nunca existente, suavizaria a rejeição

Sempre presente em redor de mim

Atacar-me-ia no Congresso na polis

Dos motins??? Correria mundo do Capitólio

Da capital federal dos poderes chinfrins!!!

O certo é que estou aqui, mas que tenho

Eu com isso, esse fardo??? Eu, que na verdade

Ainda mais acredito no plenário, no cenário

E juízes templários da Operação Lava-Jato!!!

DECIO GOODNEWS
Enviado por DECIO GOODNEWS em 10/09/2021
Reeditado em 10/09/2021
Código do texto: T7338970
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