Sonhos que a vida roubou
Meus passos fogem da vida
Tenho que ser ágil no caminhar
Com rapidez pra casa retornar
A cada passo há risco de me contaminar.
E foi assim o inverno e o verão
A felicidade de ser livre foi em vão
O sorriso alegre desapareceu
Só o brilho do olhar resplandeceu.
Fugindo da vida, pergunto eu?
Meu medo, o seu, eu não sei
De repente tudo mudou
Já nem entendo o que restou.
A fé, a esperança e o amor
Tantos se foram sem despedida
Fico pensando em tanta dor
E nos sonhos que a vida roubou.
Iracema Patrício