AVENTURA
AVENTURA
Gosto da agradável aventura,
de utilizar
a palavra escrita;
pra criar o verso,
a prosa,
a arte sem clausura;
a razão artesã me habilita.
Me aventuro
em qualquer instante,
que algum tema me inspire;
o verso ou a prosa
fluem tocantes;
então,
a alma sensível adquire,
os meios artesãos que expõem
a arte escrita brilhante.
Decerto
não é uma imprevista aventura,
que me estimula
a qualquer momento escrever;
a alma se aventa
com tamanho bem-querer
ao vocábulo escrito,
que na razão perdura
a vontade contínua
de fazer a arte resplandecer.
Escrever para mim
é uma aventura irresistível;
avento-me
como andarilho,
pela imaginação inventiva;
uma das valias
da arte escrita,
está em seu aspecto imperecível;
toda arte se integra à alma,
e como a alma, não morre;
a alma lhe floresce,
lhe frutifica, lhe torna possível;
a arte existe,
como um dom da razão,
atributo da alma;
na alma eterna,
a arte,
pela razão, se eterniza;
por fim,
sua vida artística
não cessa;
faz-se arte sempre viva.
Adilson Fontoura