Aquilo!
Em tempos de segregação,
Até o amor está perdido...
Não se pode apertar a mão
E o beijo está proíbido.
Hora de embriagar as mãos
E dar descanso ao fígado.
Evitar a aglomeração,
Mudando o jeito antigo.
Mas o amor se renova
E sabe viver o momento.
Se não pode o rala-e-rola,
Transamos no pensamento.
Sexo só com camisinha!
É conceito já decorado...
Hoje o tempo nos ensina:
Transar só c'o namorado!
E nesse novo normal,
A fim de não dar vacilo,
Alguns optam pelo virtual
E vivem pensando...naquilo!
(Para concurso literário “ZEZÉ MACEDO”
Classificação 8° lugar).