Observo...

Do alto de um espelhado e majestoso edifício
Com as suas edificações fortes e gigantes
Avisto uma selva de pedras, meio intrigantes...
Neste olhar distante me parece um precipício.

Como uma avalanche de diferentes formigas
Que tropeçam entre si e se arrastam 
Conjugam-se dentre os espaços e se alastram
 Se organizam e sobrevivem com as intrigas...

Em colchões jogados nas molhadas calçadas
Os homens compartilham um frio insuportável
Vivendo como andarilhos e embriagados
Entorpecidos na vida, nesta inércia lamentável.

Os andantes observam os seres desfigurados
Que ceifam suas vidas e vão perdendo seus brilhos
Nem passado, nem futuro, nada importa neste trilho
Perambulam pelas ruas confusos e desnorteados.





Texto; Miriam Carmignan
Imagem Google