Vaidade

Preso como a gravata e o laço do sapato

é o homem.

Ao se despir, sente o vazio dentro de si,

sintomas de inutilidade.

Não se sente tão superior.

É resto como o resto do mundo.

Podre como o desprezo.

Chora, enquanto dependura a vaidade no cabide.

(Publicado no livro “Eternamente Provisório”).