Escritor
Sou, com muito amor,
E não sou doutor.
Estudei para aqui ficar
E também para amar.
Nas linhas de um poema,
Vejo a natureza, meu lema.
Sou simples, singelo,
Não sou belo.
As asas da imaginação
Vão brotando no coração.
Vem uma pequena palavra,
Um vulcão, uma larva.
O lápis é meu companheiro,
Que dá vida no terreiro.
A borracha tudo apaga
E a festa estraga.
Quando morrer, não sei,
Também não sei se pequei
Em escrever versos
E se transforarem em restos.
Assim vai a vida passando
E ideias vão surgindo.
Não sou reconhecido
E nem mesmo merecido.