Cortante vento
Deitado no asfalto em dia de trânsito movimentado. Transito pelos carros. Alerta vermelho, sou como os cactos resisto em cada passo.
Sou caminhante, sou brincante. Sou mais que Frida Kalo. A dor cortante da pele. Ferros rasgando paralelo tempo. A mulher que admiro. Destino do tempo.
Para cima de mim. Para cima de nós. Para todos os lados corro em disparada. Não quero ser apenas aquele que respira silencioso.
Eu grito, eu choro, eu tenho remorso. Eu sou gelo puro, em cidade quente. Derreto ao menor movimento. Mas tenho que ser rocha para aguentar os ventos.