FRANCO-ATIRADOR
Não olhe assim para mim
Com seus olhos de carrasco
Estou de branco e com as
Mãos nuas como uma canção de Belchior .
A culpa não é minha
Não fui eu quem jogou
O pedaço de pão que fez o vira-latas
Cortar relações com seu dono .
Peço desculpas por sorrir
Da minha desgraça
E pela inadimplência
Da infelicidade alheia .
Não me culpem por ser
Nesta vida nada mais
Que um insignificante
Franco-atirador .