FRANCO-ATIRADOR

Não olhe assim para mim

Com seus olhos de carrasco

Estou de branco e com as

Mãos nuas como uma canção de Belchior .

A culpa não é minha

Não fui eu quem jogou

O pedaço de pão que fez o vira-latas

Cortar relações com seu dono .

Peço desculpas por sorrir

Da minha desgraça

E pela inadimplência

Da infelicidade alheia .

Não me culpem por ser

Nesta vida nada mais

Que um insignificante

Franco-atirador .

Igor da Silva Chaves
Enviado por Igor da Silva Chaves em 21/05/2021
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